28 de jul. de 2008

Isso só em um ano

Nas raras noites em que paro um pouco em casa,e por um acaso assisto Tv sempre me vem uma nova "notícia". Hoje foi no jornal da Band.
A reportagem dizia simplesmente quem anualmente são desviados dos cofres públicos mais ou menos 160 milhões de reais, não consigo nem ter idéia de quantos zeros tem, mais a noticia dizia o que dá pra se fazer com essa quantia. Veja abaixo:

  • 6 Milhões de casas populares, o que acabaria com o deficit habitacional.
  • 64 mil escolas, mais vagas para os alunos e empregos para professores.
  • 2.285 hospitais, mais atendimento e emprego de novo.

Agora descobri talvez, porque no ultimo ano a lista de milionários aumentou em nosso país. Olhos abertos rapaziada, a situação não tá boa e os mocinhos se utilizam de disfarces dos mais variados, principalmente nesse ano de eleição.

E pra rapa que curte um rap, pra mudar um pouco o assunto, a mix tape da banca H2C já tá praticamente fechada, só faltar por voz nos sons,aguardem.

SJ

20 de jul. de 2008

O resultado de uma política de extermínio

O brutal assassinato do menino João Roberto, de apenas três anos, por policiais militares que metralharam o carro em que estava com a mãe e o irmão, no dia 6, comoveu toda a população. Mas também colocou em xeque a política de segurança pública de extermínio adotada pelo governo de Sérgio Cabral (PMDB). Ao contrário do que diz o governo – teria sido uma ação “desastrada” de policiais “sem preparo” –, a morte de João Roberto evidenciou uma máxima da chamada nova política de segurança: primeiro atira, depois pergunta.

Essa nova política adotada por Sérgio Cabral, com a colaboração do governo Lula, através do PAC da Segurança, já provocou a morte de centenas de pessoas no Rio. A maioria são jovens e crianças negras das comunidades carentes, conforme comprovam os relatórios da Anistia Internacional e da própria ONU.

Mas a vontade assassina das tropas e forças militares já não poupa nem os filhos da classe média, que também são vitimados pela violência policial, como Daniel Duque, morto por um PM na saída de uma casa noturna em Ipanema.

Há um ano, a maioria da sociedade, embalada pelo filme “Tropa de Elite”, fez vista grossa à chacina ocorrida no Complexo do Alemão, mais conhecida como “Chacina do Pan”. Cerca de 50 pessoas foram covardemente assassinadas pelas forças policiais que ocupavam a favela.

Da mesma forma, pouco se fala da ocupação militar e das violações aos direitos humanos no Haiti pelo exército. De lá para cá, a política de extermínio ganhou requintes de crueldade, como no episódio ocorrido no Morro da Providência, em que três jovens foram mortos após militares do exército os entregarem para traficantes de morro vizinho e rival. Os militares ocupavam a comunidade para as obras eleitoreiras do candidato Marcelo Crivela, apoiado por Lula. A população da comunidade se mobilizou e exigiu a retirada das tropas.

Neste momento em que tomba mais uma vítima da violência policial, devemos seguir o exemplo dado pelas mães da comunidade da Providência. Com sua organização e mobilização, elas conseguiram dar um basta à ocupação do exército. Assim, saudamos a carreata realizada pelos taxistas, colegas do pai de João Roberto, em solidariedade à família e em protesto à violência.

Da mesma forma, devemos ir à ruas para exigir dos governos Cabral e Lula o fim da violência policial, da ocupação das comunidades, do Caveirão e o fim dessa polícia assassina e corrupta. Também devemos exigir a retirada das tropas brasileiras do Haiti.

Não podemos ter ilusões nas promessas demagógicas dos políticos burgueses. Principalmente em ano eleitoral, quando vestem pele de cordeiro para logo após atacarem os trabalhadores. Sabemos que o modelo neoliberal, concentrador de renda, impõe cada vez mais a repressão e a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais.

Somente através da organização e mobilização dos trabalhadores e da juventude poderemos conquistar melhores empregos, salários e aposentadoria. Basta de repressão ao povo pobre. Para resolver o problema da criminalidade é preciso encarar a questão social da miséria.

Texto de Cyro Garcia
extraido de : www.pstu.org.br

16 de jul. de 2008

Voltando a mil...muitos assuntos que nem cabe em um texto só

Depois de vários dias sem postar nada, estou de volta, a greve dos professores acabou e conseguimos arrancar desse governo que até então não queria nem negociar, um ajuste de quase 5%, resultado da mobilização de cada professor em sua região, em sua escola. Isso pra uma categoria que estava desde o ano 2000 sem fazer um movimento dessa magnitude parando mais de 70% do Estado, continuamos em estado de greve, aguardando que o governo atenda o restante da pauta de reivindicações. E não é só os professores que fizeram greve, o Correio já está a duas semanas de braços cruzados uma vez que a empresa, que é um orgão federal, portanto, ligado ao governo Lula diretamente, não cumpriu uma promessa de adicional de periculosidade de 30% prometido o ano passado, ao invés de somente mostrar os depósitos cheios de cartas como faz diariamente a grande mídia deveria citar apenas esse detalhes e procurar conversar com algum dos carteiros que diariamente são assaltados, mordidos por cachorros e vários etc. Tudo isso demonstra o momento político que vive não só o Brasil mais também toda a América Latina.
Mobilizações acontecem em todas as partes do Mundo. Se por um lado há uma ofensiva do imperialismo para reverter a crise que ele mesmo criou, seja com as altas dos alimentos, mais exploração e menos salários impostos aos trabalhadores ou com a guerra mais direta como é o caso do Iraque e o possível ataque ao Irã, na outra ponta os povos oprimidos e explorados começam a acordar e se levantam contra essa exploração e miséria com suas greves e mobilizações. Basta acompanhar diariamente até na grande mídia diversas notícias sobre isso, mesmo que em pequenas notas ou rápidos comentários não dá mais pra esconder, algo começa a mudar.
Ha tá, e quanto aos casos de corrupção atual envolvendo, Pitta, Daniel Dantas e Naji Nahas...isso só mostra o caráter da política em nosso país e o desdobramento disso já sabemos, para que não se espalhe todas as falcatruas que existem debaixo desse tapete verde-amarelo o melhor a se fazer e se preservar algumas cabeças...espero que esteja enganado e dessa vez seja diferente...foi só uma ironia...não resisti...mais infelizmente não é assim que as coisas são não é?
E tem também os corres da música, família Hip Hop Clássico a todo vapor, Aice Man produzindo várias bases, e todo mundo escrevendo, em breve uma Mix tape com várias músicas lokas, só com samplers nacionais, e outros projetos em mente, pra tentar driblar o mercado e fazer tudo de uma forma alternativa...aguardem.

SJ